quinta-feira, 30 de junho de 2011

Bento XVI: memória de 60 anos de sacerdócio




Essa semana nosso papa completa 60 anos de sacerdócio, leiam a homilia:

Homilia na solenidade dos santos Pedro e Paulo

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 30 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Apresentamos a homilia que Bento XVI pronunciou nessa quarta-feira, solenidade dos santos Pedro e Paulo, patronos da diocese de Roma, dia do Papa, e sexagésimo aniversário da ordenação sacerdotal de Joseph Ratzinger. A celebração eucarística, na Basílica de São Pedro, foi concelebrada pelos 41 arcebispos metropolitanos nomeados no último ano, os quais receberam o pálio.


Amados irmãos e irmãs!

«Non iam servos, sed amicos» - «Já não vos chamo servos, mas amigos» (cf. Jo 15, 15). Passados sessenta anos da minha Ordenação Sacerdotal, sinto ainda ressoar no meu íntimo estas palavras de Jesus, que o nosso grande Arcebispo, o Cardeal Faulhaber, com voz um pouco débil já mas firme, nos dirigiu, a nós novos sacerdotes, no final da cerimónia da Ordenação. Segundo o ordenamento litúrgico daquele tempo, esta proclamação significava então a explícita concessão aos novos sacerdotes do mandato de perdoar os pecados. «Já não sois servos, mas amigos»: eu sabia e sentia que esta não era, naquele momento, apenas uma frase «de cerimónia»; e que era mais do que uma mera citação da Sagrada Escritura. Estava certo disto: neste momento, Ele mesmo, o Senhor, di-la a mim de modo muito pessoal. No Baptismo e na Confirmação, Ele já nos atraíra a Si, acolhera-nos na família de Deus. Mas o que estava a acontecer naquele momento, ainda era algo mais. Ele chama-me amigo. Acolhe-me no círculo daqueles que receberam a sua palavra no Cenáculo; no círculo daqueles que Ele conhece de um modo muito particular e que chegam assim a conhecê-Lo de modo particular. Concede-me a faculdade, que quase amedronta, de fazer aquilo que só Ele, o Filho de Deus, pode legitimamente dizer e fazer: Eu te perdoo os teus pecados. Ele quer que eu - por seu mandato - possa pronunciar com o seu «Eu» uma palavra que não é meramente palavra mas acção que produz uma mudança no mais íntimo do ser. Sei que, por detrás de tais palavras, está a sua Paixão por nossa causa e em nosso favor. Sei que o perdão tem o seu preço: na sua Paixão, Ele desceu até ao fundo tenebroso e sórdido do nosso pecado. Desceu até à noite da nossa culpa, e só assim esta pode ser transformada. E, através do mandato de perdoar, Ele permite-me lançar um olhar ao abismo do homem e à grandeza do seu padecer por nós, homens, que me deixa intuir a grandeza do seu amor. Diz-me Ele em confidência: «Já não és servo, mas amigo». Ele confia-me as palavras da Consagração na Eucaristia. Ele considera-me capaz de anunciar a sua Palavra, de explicá-la rectamente e de a levar aos homens de hoje. Ele entrega-Se a mim. «Já não sois servos, mas amigos»: trata-se de uma afirmação que gera uma grande alegria interior mas ao mesmo tempo, na sua grandeza, pode fazer-nos sentir ao longo dos decénios calafrios com todas as experiências da própria fraqueza e da sua bondade inexaurível.

«Já não sois servos, mas amigos»: nesta frase está encerrado o programa inteiro duma vida sacerdotal. O que é verdadeiramente a amizade? Idem velle, idem nolle - querer as mesmas coisas e não querer as mesmas coisas: diziam os antigos. A amizade é uma comunhão do pensar e do querer. O Senhor não se cansa de nos dizer a mesma coisa: «Conheço os meus e os meus conhecem-Me» (cf. Jo 10, 14). O Pastor chama os seus pelo nome (cf. Jo 10, 3). Ele conhece-me por nome. Não sou um ser anónimo qualquer, na infinidade do universo. Conhece-me de modo muito pessoal. E eu? Conheço-O a Ele? A amizade que Ele me dedica pode apenas traduzir-se em que também eu O procure conhecer cada vez melhor; que eu, na Escritura, nos Sacramentos, no encontro da oração, na comunhão dos Santos, nas pessoas que se aproximam de mim mandadas por Ele, procure conhecer sempre mais a Ele próprio. A amizade não é apenas conhecimento; é sobretudo comunhão do querer. Significa que a minha vontade cresce rumo ao «sim» da adesão à d'Ele. De facto, a sua vontade não é uma vontade externa e alheia a mim mesmo, à qual mais ou menos voluntariamente me submeto ou então nem sequer me submeto. Não! Na amizade, a minha vontade, crescendo, une-se à d'Ele: a sua vontade torna-se a minha, e é precisamente assim que me torno de verdade eu mesmo. Além da comunhão de pensamento e de vontade, o Senhor menciona um terceiro e novo elemento: Ele dá a sua vida por nós (cf. Jo 15, 13; 10, 15). Senhor, ajudai-me a conhecer-Vos cada vez melhor! Ajudai-me a identificar-me cada vez mais com a vossa vontade! Ajudai-me a viver a minha existência, não para mim mesmo, mas a vivê-la juntamente convoco para os outros! Ajudai-me a tornar-me sempre mais vosso amigo!

Esta palavra de Jesus sobre a amizade situa-se no contexto do discurso sobre a videira. O Senhor relaciona a imagem da videira com uma tarefa dada aos discípulos: «Eu vos destinei, para que vades e deis fruto e o vosso fruto permaneça» (Jo 15, 16). A primeira tarefa dada aos discípulos, aos amigos, é pôr-se a caminho - destinei, para que vades -, sair de si mesmos e ir ao encontro dos outros. A par desta, podemos ouvir também a frase que o Ressuscitado dirige aos seus e que aparece na conclusão do Evangelho de Mateus: «Ide fazer discípulos de todas as nações.» (cf. Mt 28, 19). O Senhor exorta-nos a superar as fronteiras do ambiente onde vivemos e levar ao mundo dos outros o Evangelho, para que permeie tudo e, assim, o mundo se abra ao Reino de Deus. Isto pode trazer-nos à memória que o próprio Deus saiu de Si, abandonou a sua glória, para vir à nossa procura e trazer-nos a sua luz e o seu amor. Queremos seguir Deus que Se põe a caminho, vencendo a preguiça de permanecer cómodos em nós mesmos, para que Ele mesmo possa entrar no mundo.

Depois da palavra sobre o pôr-se a caminho, Jesus continua: dai fruto, um fruto que permaneça! Que fruto espera Ele de nós? Qual é o fruto que permanece? Sabemos que o fruto da videira são as uvas, com as quais depois se prepara o vinho. Por agora detenhamo-nos sobre esta imagem. Para que as uvas possam amadurecer e tornar-se boas, é preciso o sol mas também a chuva, o dia e a noite. Para que dêem um vinho de qualidade, precisam de ser pisadas, há que aguardar com paciência a fermentação, tem-se de seguir com cuidadosa atenção os processos de maturação. Características do vinho de qualidade são não só a suavidade, mas também a riqueza das tonalidades, o variegado aroma que se desenvolveu nos processos da maturação e da fermentação. E por acaso não constitui já tudo isto uma imagem da vida humana e, de modo muito particular, da nossa vida de sacerdotes? Precisamos do sol e da chuva, da serenidade e da dificuldade, das fases de purificação e de prova mas também dos tempos de caminho radioso com o Evangelho. Num olhar de retrospectiva, podemos agradecer a Deus por ambas as coisas: pelas dificuldades e pelas alegrias, pela horas escuras e pelas horas felizes. Em ambas reconhecemos a presença contínua do seu amor, que incessantemente nos conduz e sustenta.

Agora, porém, devemos interrogar-nos: de que género é o fruto que o Senhor espera de nós? O vinho é imagem do amor: este é o verdadeiro fruto que permanece, aquele que Deus quer de nós. Mas não esqueçamos que, no Antigo Testamento, o vinho que se espera das uvas boas é sobretudo imagem da justiça, que se desenvolve numa vida segundo a lei de Deus. E não digamos que esta é uma visão veterotestamentária, já superada. Não! Isto permanece sempre verdadeiro. O autêntico conteúdo da Lei, a sua summa, é o amor a Deus e ao próximo. Este duplo amor, porém, não é qualquer coisa simplesmente doce; traz consigo o peso da paciência, da humildade, da maturação na educação e assimilação da nossa vontade à vontade de Deus, à vontade de Jesus Cristo, o Amigo. Só deste modo, tornando verdadeiro e recto todo o nosso ser, é que o amor se torna também verdadeiro, só assim é um fruto maduro. A sua exigência intrínseca, ou seja, a fidelidade a Cristo e à sua Igreja, requer sempre que se realize também no sofrimento. É precisamente assim que cresce a verdadeira alegria. No fundo, a essência do amor, do verdadeiro fruto, corresponde à palavra relativa ao pôr-se a caminho, ao ir: amor significa abandonar-se, dar-se; leva consigo o sinal da cruz. Neste contexto, disse uma vez Gregório Magno: Se tendeis para Deus, tende cuidado que não O alcanceis sozinhos (cf. H Ev 1, 6, 6: PL 76, 1097s). Trata-se de uma advertência que nós, sacerdotes, devemos ter intimamente presente cada dia.

Queridos amigos, talvez me tenha demorado demasiado com a recordação interior dos sessenta anos do meu ministério sacerdotal. Agora é tempo de pensar àquilo que é próprio deste momento.

Na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, antes de mais nada dirijo a minha mais cordial saudação ao Patriarca Ecuménico Bartolomeu I e à Delegação por ele enviada, cuja aprazível visita na ocasião feliz da festa dos Santos Apóstolos Padroeiros de Roma, vivamente agradeço. Saúdo também os Senhores Cardeais, os Irmãos no Episcopado, os Senhores Embaixadores e as autoridades civis, como também os sacerdotes, os colegas da minha Missa Nova, os religiosos e os fiéis leigos. A todos agradeço a presença e a oração.

Aos Arcebispos Metropolitanos nomeados depois da última festa dos grandes Apóstolos, será agora imposto o pálio. Este, que significa? Pode recordar-nos em primeiro lugar o jugo suave de Cristo que nos é colocado aos ombros (cf. Mt 11, 29-30). O jugo de Cristo coincide com a sua amizade. É um jugo de amizade e, consequentemente, um «jugo suave», mas por isso mesmo também um jugo que exige e plasma. É o jugo da sua vontade, que é uma vontade de verdade e de amor. Assim, para nós, é sobretudo o jugo de introduzir outros na amizade com Cristo e de estar à disposição dos outros, de cuidarmos deles como Pastores. E assim chegamos a um novo significado do pálio: este é tecido com a lã de cordeiros, que são benzidos na festa de Santa Inês. Deste modo recorda-nos o Pastor que Se tornou, Ele mesmo, Cordeiro por nosso amor. Recorda-nos Cristo que Se pôs a caminho pelos montes e descampados, aonde o seu cordeiro - a humanidade - se extraviara. Recorda-nos como Ele pôs o cordeiro, ou seja, a humanidade - a mim - aos seus ombros, para me trazer de regresso a casa. E assim nos recorda que, como Pastores ao seu serviço, devemos também nós carregar os outros, pô-los por assim dizer aos nossos ombros e levá-los a Cristo. Recorda-nos que podemos ser Pastores do seu rebanho, que continua sempre a ser d'Ele e não se torna nosso. Por fim, o pálio significa também, de modo muito concreto, a comunhão dos Pastores da Igreja com Pedro e com os seus sucessores: significa que devemos ser Pastores para a unidade e na unidade, e que só na unidade, de que Pedro é símbolo, guiamos verdadeiramente para Cristo.

Sessenta anos de ministério sacerdotal! Queridos amigos, talvez me tenha demorado demais nos pormenores. Mas, nesta hora, senti-me impelido a olhar para aquilo que caracterizou estes decénios. Senti-me impelido a dizer-vos - a todos os presbíteros e Bispos, mas também aos fiéis da Igreja - uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o facto que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória. Amen.

[Tradução distribuída pela Santa Sé]


quinta-feira, 23 de junho de 2011

História da Festa de Corpus Christi


Saiba a origem da festa celebrada no dia de hoje pela nossa Igreja.
História da Festa de Corpus Christi

No final do século XIII surgiu em Lieja, Bélgica, um Movimento Eucarístico cujo centro foi a Abadia de Cornillon fundada em 1124 pelo Bispo Albero de Lieja. Este movimento deu origem a vários costumes eucarísticos, como por exemplo, a exposição e bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante a elevação na Missa e a festa do Corpus Christi.Santa Juliana de Mont Cornillon, priora da Abadia, foi escolhida, por Deus para criar esta Festa. A santa desde jovem teve uma grande veneração ao Santíssimo Sacramento. Esperava que algum dia tivesse uma festa especial ao Sacramento da Eucaristia. Este desejo, conforme a tradição foi intensificado por uma visão que teve da Igreja sob a aparência de lua cheia com uma mancha negra, que significada a ausência dessa solenidade.Juliana comunicou esta imagem a Dom Roberto de Thorete, bispo de Lieja, também ao douto Dominico Hugh, mais tarde cardeal legado dos Países Baixos e Jacques Pantaleón, mais tarde o Papa Urbano IV. A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.Dom Roberto não viveu para ver a realização de sua ordem, já que morreu em 16 de outubro de 1246, mas a festa foi celebrada pela primeira vez no ano seguinte, na quinta-feira após à festa da Santíssima Trindade. Mais tarde um bispo alemão conheceu os costumes e o levou por toda atual Alemanha.Milagre de BolsenaCerta vez, quando o padre Pedro de Praga, celebrou uma Missa na cripta de Santa Cristina, em Bolsena, Itália, aconteceu um milagre eucarístico: da hóstia consagrada começaram a cair gotas de sangue sobre o corporal após a consagração. Alguns dizem que isto ocorreu porque o padre teria duvidado da presença real de Cristo na Eucaristia.O Papa Urbano IV (1262-1264), que residia em Orvieto, cidade próxima de Bolsena, onde vivia S. Tomás de Aquino, informado do milagre, então, ordenou ao Bispo Giacomo que levasse as relíquias de Bolsena a Orvieto. Isso foi feito em procissão. Quando o Papa encontrou os fiéis caminhando na entrada de Orvieto, teria então pronunciado diante da relíquia eucarística as palavras: "Corpus Christi".Ainda hoje se conservam, em Orvieto, os corporais onde se apóia o cálice e a patena durante a Missa e também se pode ver a pedra do altar em Bolsena, manchada de sangue.

Instituição da Festa

O Santo Padre movido pelo prodígio, e pelo pedido de vários bispos, fez com que se estendesse a festa do Corpus Christi a toda a Igreja por meio da bula "Transiturus" de 8 setembro do mesmo ano, fixando-a para a quinta-feira depois da oitava de Pentecostes.O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu logo em seguida (2 de outubro de 1264), um pouco depois da publicação do decreto, prejudicando a difusão da festa. Mas o Papa Clemente V tomou o assunto em suas mãos e, no Concílio Geral de Viena (1311) ordenou mais uma vez a adoção desta festa. Em 1317 é promulgada uma recopilação de leis, por João XXII, e assim a festa é estendida a toda a Igreja. Na diocese de Colônia na Alemanha, a festa de Corpus Christi é celebrada antes de 1270.

Procissão

Na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, quando começou as homenagens ao Santíssimo Sacramento a procissão eucarística acontecia só dentro da igreja. Em 1247, aconteceu a primeira procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.Nenhum dos decretos fala da procissão com o Santíssimo como um aspecto da celebração. Porém estas procissões foram dotadas de indulgências pelos Papas Martinho V e Eugênio IV, e se fizeram bastante comuns a partir do século XIV.Finalmente, o Concílio de Trento declara que muito piedosa e religiosamente foi introduzido na Igreja de Deus o costume, que todos os anos, o santíssimo seja levado em procissão pelas ruas e lugares públicos.Todo católico deve participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano, pois é a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade.

Tapetes, arte e religiosidade

Em muitos lugares criou-se o belo costume de enfeitar as casas com oratórios e flores e as ruas com tapetes ornamentados, tudo em honra do Senhor que vem visitar o seu povo. No dia dedicado ao Corpo de Deus (Corpus Christi), várias cidades brasileiras, organizam procissões, que percorrem as ruas enfeitadas com tapetes. A confecção de tapetes de rua é uma magnífica manifestação de arte popularUtilizando diversos tipos de materiais, como serragem colorida, borra de café, farinha, areia e alguns pequenos acessórios, como tampinhas de garrafas, flores e folhas, as pessoas montam, com grande arte, um tapete pelas ruas, formando desenhos relacionados ao Santíssimo. Por este tapete passa a procissão, o sacerdote vai á frente carregando o ostensório e em seguida pelas pessoas que participam da festa. Tudo isto tem muito sentido e deve ser preservado.

Devoção no Brasil
A tradição de fazer o tapete com folhas e flores vem dos imigrantes açorianos. Essa tradição praticamente desapareceu em Portugal continental, onde teve origem, mas foi mantida nosores e nos lugares em que chegaram seus imigrantes, como por exemplo Florianópolis-SC.As procissões portuguesas eram esplendorosas: tropas, fidalgos, cavaleiros, andores, danças e cantos. A imagem de São Jorge, padroeiro de Portugal, seguia a procissão montada em um cavalo, rodeada de oficiais de gala. O barroco enriqueceu esta festa com todas as suas características de pompa. Em todo o Brasil esta festa adquiriu contornos do barroco português. Corpus Christi é celebrado desde a época colonial com uma abundância de cores. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

CNBB: sociedade deveria fazer 'marcha contra maconha'


O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Raymundo Damasceno, defendeu hoje, em entrevista, que a parte da sociedade que é contra o uso da maconha e outros tipos de droga deveria se mobilizar e promover uma "marcha contra a maconha". O cardeal preferiu não questionar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, na quarta-feira, 15, liberou as manifestações a favor do consumo da droga, justificando que o STF "não fez apologia ao uso da maconha", mas apenas permitiu a manifestação em favor da "descriminalização do dependente da maconha".
Para o cardeal, a sociedade deve estar "atenta" e não pode se deixar levar pela posição de parte da sociedade, ainda que possa parecer uma grande parte. "As pessoas que se opõem ao uso da droga devem ter também uma posição clara e que se manifestem também. Não se trata de manifestar só a favor da descriminalização da maconha, trata-se de, quem é contra a maconha, se manifestar contra", declarou ele, incentivando as "muitas vitimas na nossa sociedade" a organizarem estas marchas contra a maconha.
"Estas pessoas deveriam aproveitar para fazer manifestações contrarias ao uso das drogas. É isso que queremos", afirmou. "Não queremos jovens anestesiados, indiferentes a situações que vivemos e não concordamos", prosseguiu, incentivando a jovens a se levantarem não só contra o uso da maconha , mas também contra a corrupção. "A sociedade tem de se acordar contra o que se passa na vida pública", acentuou.

Depois de ressalvar que o dependente de drogas não deve ser criminalizado, mas tratado, como a própria Igreja faz em diversos centros, o cardeal Damasceno reiterou que "não se pode permitir de qualquer forma de tráfico, a produção e a comercialização das drogas". Ele insistiu que "a Igreja se opõe ao uso de qualquer tipo de droga, a não ser em casos terapêuticos, quando cabe ao médico decidir se usa ou não determinada droga, em benefício do paciente".

fonte:

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Testemunho de Djalma Ramos

Olá´amigões, este testemunho-histórico foi tirado (na íntegra) de uma "nota" publicada no perfil no FaceBook do nosso amigão Djalma. Envie seu testemuno também para compartilharmos aqui no blog.

"TLC – 40 AN0S
Transcorria o ano de 1967, em Campinas,um padre jesuíta americano do Texas chamado Haroldo Rahn, fundou um movimento para jovens e também para adultos que gostavam de jovens. Ali nascia o curso de TLC - Treinamento de Liderança Cristã.
Na Arquidiocese de Botucatu o TLC chegou em 1971, mais precisamente nos dias 21, 22 e 23 de maio daquele ano, trazido pelo Arcebispo Dom Vicente Marchetti Zioni, com ajuda do Padre Haroldo e alguns jovens e adultos de Campinas.
Ao completar 40 anos no mês de maio passado, Ourinhos que na época pertencia à Arquidiocese de Botucatu também comemora (Jovens de Ourinhos estavam presente no primeiro TLC) com muita alegria estes anos de existência do TLC, que tanto fez pelos nossos jovens do passado e que continua fazendo pelos jovens de hoje, alias não só para jovens mas também para muitos adultos. Faço parte da história deste movimento, já que faz 31 anos que fiz o meu TLC e continuo trabalhando e amando este movimento.
Sou testemunha de muitas graças e até mesmo milagres que ao longo destes anos aconteceram, testemunhei transformações de pessoas, jovens e adultos que largaram dos vícios das drogas, do álcool e do cigarro, jovens mudando de vida na família sendo melhores filhos e melhores irmãos, adultos mudando de vida sendo melhores esposos e melhores esposas, melhores pais e melhores mães, casais separados voltar a viver uma vida conjugal cristã, jovens despertarem para uma vida religiosa, jovens que entraram no seminário e se ordenaram sacerdotes (Pe Claudinei que esta na diocese de Jacarezinho é um deles), muitos namorados se casar, inclusive eu e minha esposa, e depois vieram os filhos que se tornaram “filhos do TLC”, casais adotar crianças abandonadas, muitos perdões, curas de doenças, para se ter uma idéia dois médicos Telecista trabalhando em um TLC idealizaram a UTI infantil da Santa Casa de Ourinhos, e hoje é uma realidade, imaginem quantas crianças foram salvas nesta abençoada UTI, enfim se eu fosse enumerar todas as graças destes 40 anos de TLC eu ficaria 40 anos escrevendo aqui.
Claro que também vi muitas coisas erradas que aconteceram (com os erros aprendemos muito), mas somos pessoas e temos nossos erros e pecados, e o importante foi o que Jesus através do Espírito Santo nos proporcionou.
Quero também dizer que com o TLC vieram também os Minis-TLC’s, e também os TLC’s para os casais onde muitos pais de Telecista também tiveram a graça de fazerem o curso. Tivemos a graça de realizar TLC’s para os jovens da guarda mirim, para os jovens do Tiro de Guerra e para as jovens do bailado.
Entre a Arquidiose de Botucatu e Diocese de Ourinhos já foram realizados 320 TLC’s, sendo 244 de Botucatu (entre estes 244, foram realizados 35 do sub-secretariado de Ourinhos quando ainda pertencia a Arquidiocese de Botucatu) e 77 da Diocese de Ourinhos (incluindo 6 de casais) totalizando mais ou menos 16 mil Telecistas entre as duas Dioceses, sendo que somando os 35 mais 77 TLC’s, foram 112 TLC’s de Ourinhos e região. Houve também muitas vagas distribuídas para Ourinhos em TLC’s de outras cidades, somando tudo vai dar mais ou menos 6 mil Telecistas de Ourinhos e região.
Claro que para tudo isto, ou seja na história do TLC, houve muitos jovens e adultos que lutaram e se entregaram pelo movimento, também houve muitos padres que apoiaram o TLC. Os que foram diretores espirituais do movimento nestes 40 anos são; saudoso Monsenhor Osvaldo Violante (Diocesano), Pe Valdir (Josefino), saudoso Pe Urbano (Diocesano), Pe Airton (Josefino), saudoso Pe Esdras (Diocesano), Pe Benelson (Josefino) e Frei Braz (Agostiniano), também nosso Bispo Dom Salvador que sempre esta presente nos apoiando desde que Ourinhos se tornou diocese. E hoje o movimento agradece muito a todos os Agostinianos em especial, que sem medir esforços nos ajuda e apóiam em tudo que o TLC necessita.
Quantos Telecistas nestes 40 anos que partiram para o céu, mas deixaram suas marcas no movimento, são muitos, mas deixo aqui registrado alguns que foram muito importante para mim; Roberto Bertão, foi ele que me convidou pra fazer o TLC em agosto de 1980, ele foi um grande líder dos jovens na Paróquia Santo Antonio da V.Odilon, Clauricio Bastiane, foi um dos grandes companheiro que tive no TLC, inclusive eu e minha esposa somos padrinhos de sua filha Patrícia, Fabiana Avanço Silva de Sarutaia, era uma das minhas filhas adotiva do TLC, alegria morava nela, Pe Urbano este foi meu pai espiritual, trabalhou no meu TLC e trabalhamos juntos em vários cursos, o Pe Urbano foi um dos grandes batalhadores para que o TLC não se acabasse em Ourinhos, juntos lutamos e o TLC voltou depois de 3 anos (1986 a 1989) e não parou mais, Douglas Paris ,ele foi pra mim ao mesmo tempo parceiro, filho, irmão e amigo, parte de sua história foi no TLC.
Quero registrar também a lembrança de uma pessoa que também já foi pro céu, o nome dela é Leninha, ela nos anos 90, comandava a AADF (Associação de Assistência aos Deficiente Físico), e houve um tempo que o movimento do TLC não podia se reunir em nenhuma Paróquia e a Leninha nos deu uma sala da AADF para termos um lugar para nos reunirmos, ela era evangélica mas não houve por parte dela nenhuma discriminação por sermos Católico Apostólico Romano - alias antes de sermos Telecista somos católicos, e o TLC é um instrumento da nossa Igreja - me lembro que Dom Antonio Maria Mucciolo marcou uma reunião com todos os Padres mais o sub - secretariado onde eu era coordenador e mandou o vigário geral que era Pe Zezinho Lorusso representa-lo, e nesta reunião foi que o um padre conhecido como Pe Paquito (hoje ele esta numa Paróquia em Botucatu) abriu as portas da Paróquia Senhor Bom Jesus hoje a nossa Catedral, para que o TLC saísse da AADF e que tivesse um lugar para reuniões e trabalhos.
Tudo mudou com a chegada da nova Diocese e de Dom Salvador, o movimento obteve portas abertas em toda Diocese, cito aqui também um agradecimento ao Frei Calógero quando no ano de 2000 depois de muitos anos o TLC voltou na Paróquia Santo Antônio da Vila Odilon. Outros Padres também que nos ajudaram na Diocese de Ourinhos foram Frei Helio, Padre Amélio, Pe Pedro, Monsenhor Aristeu, Pe Gomes, Pe Douglas, Pe Gilberto, Frei Estevan, Pe David, Pe Giovani (Salto Grande), Pe Adriano e hoje recebemos total ajuda de todos Agostinianos. Não podemos esquecer de dois Padres que no passado nos ajudou bastante, Pe Bruno e Pe Filipe.
Nestes 40 anos, o movimento do TLC foi coordenado por vários leigos, quando Diocese de Botucatu na minha lembrança foram eles: Euclides Spiller (o Spiller fez o primeiro TLC em 1971 ele faz parte dos 40 anos), Oscar Boneto, Biaggio, Cláudio Bacilli, Djalma,(2 vezes), Alexandre Penna, Rogério (fizemos o TLC juntos), Adauto (Sta Cruz),Nuria e o Hermes, Diocese de Ourinhos foram, Djalma(2 vezes), Piolin, Flavio, Rogério e hoje Juliane Inácio. A Juliane é uma das filhas do TLC, pois seus pais Zilda e Ademir se conheceram no movimento, namoraram e se casaram, vieram 3 filhos, um deles a Ju, que hoje é nossa coordenadora.
Hoje posso dizer que o TLC faz parte da minha vida, aprendi muito, acertando e errando, fiz muitos amigos, filhos e irmãos, conheci minha esposa Ivani no TLC, vieram nossos filhos a Clara, a Paula e o Filipe todos fizeram o Mini e o TLC. Quando a Clara nasceu houve um problema no seu parto onde pedi um milagre pra Jesus, e Ele nos concedeu, e o milagre foi por completo, pois ela corria risco de morte e também poderia ficar com seqüelas , e hoje a Clara que já trabalhou em vários TLC’s e coordenou um Mini, é casada (o genro Henrique também é Telecista) nos deu um neto o Pedro Henrique, que pra mim é o fruto do milagre, e também do TLC. Quando a Paula nasceu eu não poderia imaginar o quanto que o TLC faria parte da vida dela, no TLC Deus lhe concedeu a graça de cantar,e pra mim ela é a melhor cantora do mundo,e o grande dom que ela tem é somente pra Deus, coordenou um TLC, foi sub – coordenadora Diocesana, alias ela também dança pra Deus, a algum tempo atrás ela foi representar o TLC no Festival de Dança Sacra em Joinville onde ela conseguiu o primeiro lugar, no ano passado ela junto de uma Telecista de Salto Grande a Belinha, representaram o TLC e conseguiram o terceiro lugar, a Paula hoje esta noiva do João Paulo que é Telecista e toca violão e canta junto com ela. Depois destes presentes que Deus me deu, Ele me deu outro presente, meu filho Filipe, quando ele nasceu eu estava na casa de encontro coordenando um Mini-TLC, ele veio adiantado (8 meses), veio de surpresa, posso dizer que ele é o meu grande amigo, e sinto que ele esta seguindo meus passos no TLC, como matraqueiro e também, no futuro, como coordenador de cursos e também quem sabe coordenar o movimento.
Nestes meus 31 anos de TLC, tive a graça de participar de 116 TLC’s e coordenar 17 deles, isto digo não é pra me vangloriar mas pra dizer o quanto Deus me proporcionou de graças e alegrias, e nem por isso não sou mais que nenhum Telecista, fui e sou feliz em ser instrumento deste movimento, amo o TLC, entreguei parte da minha vida por este movimento, sei que não agradei muitos, claro não sou santo (mas busco a santidade), mas junto com muitos, porque sozinhos não somos nada, conseguimos salvar pessoas, salvar famílias, juntos trabalhamos pela nossa Igreja e isto é o que importa.
Quero lembrar aqui também da abençoada Casa de Encontros (fora minha casa é a casa que mais fiquei), que na construção desta casa muitos movimentos trabalharam e o TLC trabalhou muito, em vários anos o TLC foi responsável pelo estacionamento da Fapi, foi arrecadado muito dinheiro tudo direcionado para a construção da casa, era um trabalho difícil onde jovens e adultos se arriscaram até mesmo de serem atropelados por motoristas que ameaçavam, neste trabalho os coordenadores foram o Biaggio com sua Esposa Nilceia e também o Cláudio Baccili. A Casa de encontro foi inaugurada pelo 69º TLC da Arquidiocese de Botucatu nas data de 24 a 27 de novembro de 1983, coordenado pelo Biaggio.
Claro que não posso esquecer da Casa Santo Inácio de Botucatu ela é muito especial,faz parte da nossa historia, como também o Seminário Diocesano de Botucatu onde foram realizados os primeiros TLC’s.
O TLC agradece a todos que nestes 40 anos participaram de alguma maneira, e fizeram a chama deste movimento não se apagar, fica aqui a saudade de tudo que se passou, a lição de nossos erros, os pedidos de perdão para aqueles que não aceitaram o TLC, leigos, religiosas e padres, talvez faltou de nossa parte algo que não fizemos, cito também aqueles que foram colunas do TLC, como o Ito, João Durso, Rugieri, Verpa, Irani, Bolota, Pavão e outros de Avaré, também Ciro, Tutu, Tutão, Justina, Julio, Italiano, Tiegue, Bia (minha irmã) e João, Fontão e Dri, Marcinho (filho querido) e meu anjo Charbel (meu querido Chacha) todos de Botucatu, Zelão de Conchas, Bortolin de S.Paulo, Doro de Piraju (deu a matraquinha A Perola no meu TLC, foi inesquecível), Marcio Sakoda, Mikio, Fátima Pedro, Inês, Renata, Raquel, Maria Cecília (filha adotiva mais velha),Mara e Luzia de Santa Cruz Do Rio Pardo, Aníbal de Canitar, Lobinho e Lucinei, Fernandão, Silmara, Odimir, Ângela, Edson, Rosangela Ortado, Barros e Geni, Maria Helena, Regina e Anisio,Monica e Maurão e minha irmã de alma Idair,e outros de Ourinhos, fica aqui também um agradecimento especial ao saudoso tio Mané da Avoa, que serviu o TLC todos os cursos que precisávamos de ônibus, e até hoje esta empresa esta nos servindo. Para aqueles que não foi citado os nomes pois são muitos, Deus os abençoe, aos meus tantos afilhados e afilhadas de casamento, batismo e crisma, aos meus filhos e filhas e netinho adotivos do TLC, obrigado saudoso Oswaldo Pinterich de Piraju coordenador do meu TLC, Biaggio e Piolin que foram assistentes, Deus os abençoe, e que Nossa Senhora de Guadalupe a padroeira do Telecista sempre rogue por todos nós.
Ficou muitas coisas pra contar, mas vamos deixar pra quando o TLC completar 50 anos."
Djalma Alvim Ramos

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Santo Antonio








Mais que um santo de devoção, para Beatriz Cristina Gonçalves, Santo Antônio é um companheiro. Para ela, que faz aniversário nesta segunda-feira, 13, dia de Santo Antônio, ele é aquele amigo que sempre a escuta.


Esse é um ano muito importante para Beatriz: é o ano de seu casamento. “Eu pedi a Santo Antônio que estivesse comigo nesse dia. Pedi a ele que eu pudesse me casar na casa dele. A Catedral Santo Antônio de Guaratinguetá é muito concorrida, mas eu pedi a ele e consegui marcar meu casamento lá no dia que planejava. Acredito que foi uma intercessão dele”, conta a jovem.

Sempre muito compadecido com os pobres, Santo Antônio casava muitos deles sem exigir nenhuma contribuição financeira para a igreja, como era costume na época. Veio daí a fama de "santo casamenteiro".

“Conta-se também que uma jovem muito bonita, que queria encontrar um marido, fazia todos os dias orações e colocava junto à imagem de Santo Antônio flores que ela mesma colhia em seu jardim. Já cansada de esperar ela atira a imagem pela janela que cai na cabeça de um rapaz que se apaixona por ela e mais tarde eles se casam”, recorda o pároco Lilson Rodrigues da paróquia Santo Antônio, de Cachoeira Paulista, interior de São Paulo.

Antes de morrer, Santo Antônio prometou que nunca deixaria de atender um pedido dos fiéis. Com os anos, surgiram simpatias em relação a imagem do santo, mas como alerta o padre, tais coisas são heresias que nada condizem com a fé católica.
Mas Santo Antônio é mais que um santo casamenteiro, ele foi um grande anunciador do Evangelho e para padre Lilson o grande exemplo que Santo Antônio deixou foi o de uma vida coerente com aquilo que se prega.

“Maior característica de Santo Antônio é a busca por uma vida coerente. Pois ele sabia que muito mais que anunciar é preciso ter a vivência da palavra de Deus, mirando o exemplo dos santos”, destaca o pároco.


História de Santidade

Nascido em 15 de agosto de 1195, em Lisboa, Portugal, ele recebeu no batismo o nome de Fernando. Era o único herdeiro de Martinho, nobre pertencente ao clã dos Bulhões e Taveira de Azevedo.

Fernando teve uma vida farta e estudou nos melhores escolas. Mas depois ingressar na vida religiosa na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho, o jovem sacerdote pede para ser transferido para Coimbra a fim de ficar longe do assédio da família que não aceitava sua escolha pela pobreza.

Nos estudos de filosofia e teologia, ele não encontrou dificuldade, pois tinha uma inteligência e uma memória formidável, acompanhadas por grande zelo apostólico e santidade.

Em Portugal, conheceu conheceu a família dos Franciscanos e se encantou pelo testemunho dos mártires em Marrocos, além da vida itinerante na santa pobreza, uma vez que também queria testemunhar Jesus com todas as forças. E é na ordem dos franciscanos que Fernando adota o nome de Antônio.

“Lá ele passa a fazer trabalhos braçais e viver uma vida bem diferente daquela que ele vivia. Lá ele também conhece a graça da contemplação e conhece o próprio Francisco de Assis”, conta padre Lilson.

Certa vez, o supervisor pede para ele fazer o sermão do dia de improviso e todos ficaram surpresos com sua facilidade e sabedora para anunciar o Evangelho.


Amor aos pobres

Padre Lilson conta que num certo dia, Santo Antônio tomou todos os pães do convento e distribuiu aos pobres. O padeiro do convento ficou desesperado pois não tinha o que servir aos franciscanos, mas Antônio pediu para que ele verificasse na dispensa e ali aconteceu o milagre da multiplicação.

Assim a exemplo de Santo Antônio, este ano, Beatriz decidiu doar alguns pães para sua paróquia, afim de que fossem abençoados e entregues às famílias. “Mas esse ano não estou pedindo nada, só quero que esses pães cheguem até a casa das famílias e que as abençoe para nunca faltar alimento a elas e que sejam felizes”, diz a devota.


Oração de Santo Antônio

Lembrai-vos, glorioso Santo Antônio,
amigo do Menino Jesus, filho querido de Maria Imaculada,
de que nunca se ouviu dizer de alguém que tenha recorrido à vós,
tenha sido por vós abandonado.
Animado de igual confiança,
venho à vós fiel consolador e amparador dos aflitos.
Gemendo sob o peso dos meus pecados,
me prosto a vossos pés.
Não rejeitais, pois, a minha súplica: (fazer o pedido).
Sendo tão poderoso junto ao Coração de Jesus,
escutai-a favoravelmente e dignai-vos a atendê-la.
Amém.